3 de maio de 2011

Quando Sonho.

Acordo cedo, o céu ...
Ah o céu !
Está escuro, vai chover ?
Não, é apenas meu mal humor.
Minha vontade avassaladora,
De viver esses dias chatos,
Intensamente.
Vontade de rever as mesmas caras
Na rua,
Na escola,
No ônibus,
Na portaria,
No trabalho,
Na internet.
Não.
Os meus sonhos.
Há, meus tão profundos sonhos.
É a melhor parte,
É quando vejo... sei lá.
É inexplicável.
Alguém sem identidade.
Seu rosto ... Eu não sei.
Me lembro apenas dos olhos.
Fitando-me fixamente,
Seu olhar penetra em mim,
Instigando
Todos os meus sentidos.
Sua mão, grande, máscula,
é delicada ao mesmo tempo.
Toca vagarosamente,
Em minha fina cintura,
Me puxa para si,
Me fazendo tremer.
Viajo em seus braços,
Me perco
Num prazer sem fim.
Ele é meu, eu o tenho.
Sou sua, você me tem.
Somos, enfim, um só.
Somos nosso.
Acordo cedo, o céu ...
Ah o céu !
Está claro, está azul.
O sol brilha ?
Tenta escapar entre os prédios.
Quer ser liberto, quer ser feliz.
Preciso sonhar outra vez,
Eu preciso ... dele.
Quero sentir sua mão,
Seu corpo, novamente.
Quem quem é ?
Eu vou te-lo um dia ?
Ele será meu ?
Quero ser inteiramente dele!
Mesmo que não aconteça,
Quero amar,
Todos os dias,
E acordar ...
Pra dormir e novamente,
Sonhar !

Um comentário:

  1. 'Eu vi também
    Só pra poder entender
    O que a voz a vida vem dizer

    Que os braços sentem,
    E os olhos vêem
    Que os lábios sejam
    Dois rios inteiros
    Sem direção...'

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