Revoltadinha é a mãe.

Por algum motivo sobrenatural eu não estava conseguindo me logar no blog. Estava com uma imensa vontade de postar, então cá eu estou no Word.

Esses dias ando um pouco preocupada com a minha pessoa. Me sinto mais desinteressada pelas coisas e pessoas do que nunca. O livro que estou lendo é bastante interessante ( Conte-me seus sonhos – de Sidney Sheldon ) e me tira um pouco da minha realidade ( embora a personagem se pareça um bucado comigo ). Ela é bastante reservada e não tem sorte no amor, até conhece caras interessantes, mas nunca da certo ( eles sempre são misteriosamente mortos e castrados ). Ela não se incomoda com muitas coisas e se quer lembra que existem seres humanos que a rodeiam. Vive trancada no seu mundinho. Não esboça dor, nem se quer felicidade. Não esboça sentimento algum. Viver e não viver é algo simplesmente indiferente. Ter e não ter alguém ao seu lado: tanto faz. E é nessa situação que me vejo atualmente. Vejo minha vida simplesmente como um linha tênue que me separa da morte ( que afinal, pode me pegar a qualquer momento ). Como seria o outro lado do mundo? Ou o outro lado do mundo já é esse em que estou vivendo? Com meus sacrifícios, minhas dores reprimidas, meu sapatos arrumados milimetricamente no canto no meu quarto ( eles são as únicas coisas organizadas no meu quarto ), meus chocolates devorados alimentando minha ansiedade e minha TPM. Afinal, ansiedade do que? Nem eu mesma sei. Talvez deva ser a vontade de acabar com essa rotina que cansa além do meu corpo, o meu psicológico. A escola é um pé no rabo, aquelas pessoas então, nem se fala. No trabalho é sempre a mesma coisa, tenho que lidar com pessoas e definitivamente não é o que eu quero pra minha vida. É cansativo e estressante lidar com animais ( que muitas vezes gostam de agir como irracionais ). Gritaria desnecessária, barulho, tumulto, broncas. Tudo que eu não gosto. Em todos os lugares onde estou (exceto no parque, onde converso só com o meu violão). Você errou. Eu errei! Mas eu não posso errar, tenho que ser a mais perfeita do mundo. Tenho que sorrir quando quero chorar, acordar cedo quando quero dormir, correr quando quero apenas andar, engolir quando quero mastigar. Vestir um sapato e uma roupa que eu odeio quando eu quero usar uma camiseta larga e um tênis velho. Eu tenho que fazer o que eles querem. O tempo inteiro. E tudo isso me irrita, pois eu odeio fazer o que as pessoas querem que eu faça. Eu odeio ser quem eles querem que eu seja. Eu odeio fazer tudo pra agradar todos, o tempo todo e NUNCA está bom. Nunca me agradecerem por porcaria nenhuma, nunca me parabenizaram por eu ser apenas uma criança grande que quer brincar ás vezes, mas tem obrigações a serem cumpridas. Se quer saber, eu não tenho fé de que um dia tudo isso tenha retorno ( como todos dizem ). Sim, eu já ganhei alguma coisa com tudo isso. Problemas psicológicos, vontade de cometer suicídio, depressão, repulsa por seres humanos e mais umas coisas. Pra quem tem só 16 anos, até que eu ganhei bastante coisa :D. Que má agradecida eu sou ! “ – Deus um dia vai lhe mandar um castigo. Você deveria ter nascido lá no castelo real.” Castigo ? Há mais alguma coisa a ser feita para piorar a situação ? rs.

Trabalho porque preciso, e vou trabalhar até o ultimo dia da minha vida pra ter algo p/ comer. Nunca reclamei disso. Estudo porque sou obrigada, e se eu não estudar, vou ser catadora de papelão e  “não vou ser alguém na vida” [...] mimimi. Aposto que eles são mais felizes que todos vocês juntos. Otários, babacas, inúteis. Não me servem de nada. Se abrisse um buraco negro na terra e sugasse todos vocês eu nem ia me dar por falta. Eu não sou ninguém na vida mesmo. Sou só um pontinho, um pequeno pontinho do qual ninguém nunca precisou e não vão precisar pra nada.

Agora, coloque um minuto a mão na conciência. Uma vez na sua vida, pare para raciocinar. Esqueça que você precisa estudar, aprender trigonometria pra ser rico e ter tudo o que você quer... O mundo está acabando por conta de apenas uma coisinha. Uma simples coisa... chamada dinheiro. É a corrida pelo ouro. Isso está destruindo o mundo, matando pessoas de todas as formas, está acabando com vidas. São apenas números. Parem de pensar em valores o tempo todo, em contas, em luxos. Isso tudo vai acabar em pó algum dia. Vai virar comida de bichinhos. O mundo seria feliz se não existissem os números, pensem. O dinheiro muda as pessoas, destrói com a mente de qualquer um que seja um pouco mais fraco.

Todas ( digo TODAS, mesmo ) as desgraças do mundo ocorrem por conta de apenas uma coisa: dinheiro. Sua vida tem preço? A minha não tem.