9 de setembro de 2011

Um grito de prazer

Hoje acordei com vontade de te ter (confesso que não só hoje, mas essa vontade me toma quase todos os dias). Vontade de te agarrar, te morder, te beijar até que seu rosto fique vermelho e você me mande parar. Puxar o seu cabelo, morder a sua orelha vagarosamente até te tirar do sério. Te fazer carinho até que você durma na minha cama. Mais tarde, ficar jogada com você no tapete da sala enquanto na tv passa um daqueles filmes inéditos da "Sessão da Tarde" . Não estamos ligando muito para o que está acontecendo á nossa volta, estamos prestando atenção nos nosso movimentos um com o outro. Estou deitada em seu colo, passando a mão na sua cabeça, lentamente, enquanto você me enrola em seus braços. Meu cachorro está parado do nosso lado, implorando por um pouco (e só um pouco) de todo carinho que estou te dando. De repente como num piscar de olhos, somos tomados por uma vontade que é muito maior que nós, e como numa loucura de minutos me vejo bem mais perto de você do que eu estava antes, me vejo com mais vontade de te ter e sinto que é recíproco. Por um segundo esquecemos da lei "dois corpos não ocupam o mesmo espaço" , você me puxa para si beijando o meu pescoço. Consigo escutar a sua respiração que agora está um pouco ofegante. Um grito de prazer sai de minha garganta. Seus movimentos são bem mais vagarosos agora. Depois de minutos, você me abraça com um brilho no olhar que nada seria capaz de descrever. E me diz: "- Quero te ter todos os dias da minha vida."
Você nunca me disse "eu te amo" mas naquele momento tive certeza de que você me amava, do seu jeito, mas me amava. A única coisa que me entristece é saber que há quase um oceano que nos separa e talvez (e só talvez), um orgulho muito maior que toda aquela água.

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